sexta-feira, 8 de maio de 2015

Durante o carnaval de 2014, fomos para Cancun com o Gabriel. Desde que estivemos lá pela primeira vez, em 2013, não paramos de imaginar nosso filho correndo pelas areias branquinhas e se esbaldando naquele mar azul.
Mas...
Antes de chegar ao paraíso, eu previa passar por um verdadeiro inferno no avião. A começar pela idade da criança, dois anos e meio,  idade que é conhecida como a "adolescência infantil", e também houve a preocupação pelo fato de ele ser autista.



Imediatamente consultamos a neurologista, que nos deixou (um pouco) mais tranquilos. Ela modificou a dosagem da medicação que ele usa e nos deu algumas dicas de como agir no dia D.

*** Leve sempre as medicações essenciais na mala de mão!!! ***

E é sobre isso que vamos falar hoje.


Horário do vôo:
Na minha opinião, os noturnos são os melhores. Principalmente se você der a sorte que a criança não acorde em alguns momentos-chave, tais como: tira-la do carro quando chega no aeroporto e acomoda-la no carrinho, tirar do carrinho na hora de passar pelo detector de metais, tirar do carrinho e acomoda-la no banco do avião.

Nosso vôo de ida foi noturno e o de volta diurno...ai, que medo.
Na ida, ele adormeceu no carro, ainda no nosso bairro, e só acordou no Panamá, para pegar a conexão que durava duas horas. Ele curtiu muito essa segunda etapa da viagem.
Na volta, para a nossa surpresa, ele tirou cochilos de hoooooras, acredito que tenha sido por conta da medicação. Mas estava confortável e é isso que importa.



Comidinhas:
Eu solicitei previamente refeições infantis no avião. Tive o cuidado de pedir para mim também, pois se houvesse algo que ele gostasse muito, eu poderia ceder da minha bandeja.
Também trouxe muitas coisas de casa, não tive problemas com nada.
Levei duas mamadeiras com vitamina reforçada de fruta, e uma com suco.

Também levei biscoito, porque como ele está na dieta sem glúten e lactose, fiquei com medo de que ele ficasse sem opção de snack.
Também trouxe pão de queijo sem gluten e lactose, que assei em casa, meia hora antes de sair. E um iogurte sem lactose.

E para finalizar, levei um pote Nestlé de frutas e outro de sopa para os grandinhos. Afinal, eu não sabia o que esperar da refeição infantil.

(no final das contas, como ele dormiu mesmo, direto, eu comi a minha bandeja e a dele, que por sinal estava muito mais saborosa do que a refeição padrão dos adultos, e é servida antes)

Fraldas
A questão aqui é complexa, pois ele costuma ter diarréias por conta da intolerância. E eu acho melhor sobrar do que faltar.
Nosso vôo durou 11 horas e eu levei 10 fraldas, sendo 5 de vestir, estilo cuequinha (ótima para trocar fraldas de xixi no assento do avião), e mais 5 noturnas do tipo convencional (boas para trocar a criança enquanto ela dorme, ou usar o trocador minúsculo do banheiro).

Brinquedos
Nossa neurologista deu uma dica bem legal. Falou para comprarmos uma surpresinha para ser usada num momento de crise, quando nada mais acalma a criança. Você pode estar pensando "mas é legal premiar um mal comportamento?"

Claro que não, mas na hora do desespero, com dezenas de pessoas escutando os uivos do seu filho e te olhando com cara de reprovação, se você não tiver um plano B, vai desejar saltar do avião sem para-quedas.

 *** Na hora de comprar a "surpresinha-salvadora", evite brinquedos barulhentos (as pessoas vão querer te esganar), grandes demais (adeus espaço da sua mala de mão), ou com muitas peças (já imaginou catar pedaços de Lego debaixo das cadeiras do avião?) ***


Essas foram as coisinhas que comprei. Esse livro é ótimo porque é também um brinquedo e não tem som, a lousa-magica garante um tempão de diversão, com a vantagem de não ter canetas e lápis que podem sujar o avião, e se o pincel cair no chão, tem uma cordinha segurando, e comprei também um mini-Thomas, igualmente silencioso.



Não se esqueçam de levar os celulares com muitos jogos, DVDs, tablets, etc. Acostume seu filho a usar fones de ouvido ANTES da data da viagem.
E se a criança tiver um brinquedo favorito, esse não pode faltar.

Roupas
Dizem que é bom levar uma muda de roupa extra. Eu levei duas, e também levei uma para mim, coisa que foi útil, pois caiu metade do iogurte sem lactose na minha roupa, e ninguém merece ficar molhada.

Também levei uma manta bem quentinha para ele e um travesseiro. E um par de meias extras, daquelas com o solado emborrachado.
Levei alguns sacos plásticos para descartar fraldas de cocô e guardar roupas que eventualmente se molhassem (como a minha, que ficou cheia de iogurte).

Durante a viagem, optei por usar conjuntos de moletom, pois são confortáveis, bonitos e protegem contra o frio.

Documentos
Comprei uma pasta plástica onde coloquei o passaporte dele, a carteira de saúde internacional, as prescrições dos remédios controlados, as declarações médicas (atestando autismo, intolerancias alimentares, etc) e os telefones dos hospitais de referência de Cancun.

Bolsa de Mão
Aqui no Brasil, não foi fácil encontrar uma que atendesse a todas as minhas "exigências". Acabei comprando uma da Fisher Price. Vocês encontram no site da loja Alô Bebê.
As únicas coisas que não viajaram dentro desta bolsa, foram os documentos e os brinquedos.


Aeroporto
Aproveite as conexões para deixar a criança correr um pouco, gastar as energias. Mostre os aviões decolando e aterrisando, faça um lanche caprichado (se der tempo), vá ao banheiro, carregue o celular, permita que seu filho brinque com novos amigos...



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